Minha cara rainha, você poderia ao menos ter prestado atenção ao sabor. Pelo meu coração passavam e não passavam versos, sem ele, agora, eles vertem. Escuta os versos que te dou. Escuta meu coração em você, nele ainda havia algumas palavras de amor.
tudo se reduz a isso; eis o único problema. Para não sentirdes o horrível fardo do Tempo, que vos abate e vos faz pender para a terra, é preciso que vos embriagueis sem cessar. Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, a vossa escolha. Contanto que vos embriagueis. E, se algumas vezes, nos degraus de um palácio, na verde relva de um fosso, na desolada solidão do vosso quarto, despertardes, com a embriaguez já atenuada ou desaparecida, perguntai ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes que horas são; e o vento, e a vaga, e a estrela, e o pássaro, e o relógio, hão de vos responder: É hora de se embriagar! Para não serdes os martirizados escravos do Tempo, embriagai-vos; embriagai-vos sem tréguas! De vinho, de poesia ou de virtude, a vossa escolha. (Baudelaire)
Ah!!! Porque você não avisou antes meu caro rei... se eu soubesse, tinha ficado com um gostinho doce na boca!
ResponderExcluirMinha cara rainha, você poderia ao menos ter prestado atenção ao sabor.
ResponderExcluirPelo meu coração passavam e não passavam versos, sem ele, agora, eles vertem.
Escuta os versos que te dou. Escuta meu coração em você, nele ainda havia algumas palavras de amor.